Cabeçalho a partir de: Untitled (Sines), 2010, Nuno Cera. Cortesia do artista.
Numa iniciativa conjunta do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lisboa e do Museu de Serralves, contando com o apoio da Maumaus e do Goethe Institut de Lisboa, irão realizar-se no Porto e em Lisboa, entre os dias 16 e 21 de junho, duas masterclasses e duas conferências de Claire Bishop.
Claire Bishop é professora do programa de doutoramento em História da Arte do Graduate Center da City University of New York. Entre os livros que publicou destacam-se Installation Art: A Critical History (2005) e Artificial Hells: Participatory Art and the Politics of Spectatorship (2012), pelo qual ganhou o prémio Frank Jewett Mather de 2013, bem como Radical Museology, or, What’s Contemporary in Museums of Contemporary Art? (2013). Escreve regularmente para a revista Artforum, tendo os seus livros e ensaios sido traduzidos para dezoito línguas. Actualmente investiga o impacto da tecnologia digital na arte contemporânea e na performance desde 1989.
PROGRAMA
PORTO
Masterclass - Radical Museology
16 JUN (QUI), 14h30 às 17h30
Galeria Contemporânea
Qual o papel dos museus de arte contemporânea na nossa vida social? De que forma é que o conceito “contemporâneo” expressa a real experiência dos museus nos nossos dias? Qual o domínio do espaço na experiência do museu?
O modo como os museus desenvolvem reflexões sobre a temporalidade e como estes propõem, por intermédio do seu posicionamento institucional, uma relação do público com as obras, tem especial destaque na investigação realizada por Claire Bishop. A sua pesquisa constitui uma referência essencial para pensarmos a experiência do museu na contemporaneidade.
Claire Bishop fará no Museu de Serralves, e posteriormente na UNL em Lisboa, uma masterclass para profissionais da área, sobre estes e outros temas centrais de seu livro Radical Museology or, What's Contemporary in Museums of Contemporary Art?.
A masterclass é programada em parceria com o Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa.
Lotação: 25 pessoas, mediante inscrição prévia
Acesso: 10,00€ (inclui acesso à conferência de 17 de junho; Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto)
Inscrição: os participantes serão selecionados a partir da análise do currículo e de uma carta de intenção (máx. uma página) sob o tema “Porquê refletirmos sobre a atuação e o domínio dos museus de arte contemporânea?”. Os documentos devem ser enviados por email para [email protected] até 14 de junho.
Conferência - Déjà vu: contemporary art and the ghosts of modernism
17 JUN (SEX), 18h30
Auditório do Museu de Serralves
Um dos temas mais persistentes na arte contemporânea desde o início dos anos 1990 é a proliferação de trabalho que aborda a "modernidade arruinada" e "utopias falhadas": por outras palavras, um tipo de arte que reformata exemplos icónicos de arquitetura e design do século XX em pintura, escultura, fotografia, vídeo, projeção de diapositivos, instalações arquivísticas, etc. Esta conferência oferece uma crítica a essa tendência historicista e pergunta como poderemos imaginar modos mais politizados de compromisso com o modernismo do século XX.
A conferência é programada em parceria com o Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa.
Lotação: 250 pessoas
Acesso: 3,00€ (Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto)
LISBOA
Masterclass - Arte & Pesquisa [research based art]
20 e 21 JUN (SEG E TER), 15h00 - 18h00
Auditório do Goethe Institut
Para mais informações: [email protected]
Conferência - White Cube, Black Box: Fifty Shades of Grey
21 JUN (TER), 19h30
Auditório do Goethe Institut
A encenação da performance no museu tem vindo recentemente a ser alvo de crítica por uma série de historiadores de arte e críticos que argumentam que é uma moda passageira e um gesto de marketing cínico. Os teóricos de performance, por outro lado, tendem a analisar o desempenho no museu em termos de teorias pós-fordistas de trabalho. Ambas as abordagens criam um vínculo redutor entre a performance contemporânea e a economia neoliberal. O presente ensaio procura desviar a discussão para longe das questões de espetáculo, de marketing e de trabalho, e antes posicionar a performance de forma mais dialética em relação à experiência contemporânea. O argumento-chave é uma discussão da performance ao vivo no museu e sua relação com a tecnologia portátil omnipresente, especialmente o seu impacto sobre a temporalidade, a atenção e a esfera pública.
ENTRADA LIVRE limitada à lotação sala. Conferência em inglês sem tradução.
Foto do cartaz: Untitled (Sines), 2010, Nuno Cera. Cortesia do artista.